DISCRIMINAÇÃO RACIAL NO COTIDIANO ESCOLAR: O QUE DIZEM AS DIRETORAS Malsete Arestides Santana Mestranda em Educação-UFMT malsete@ibest.com.br Orientadora: Maria Lúcia Rodrigues Müller INTRODUÇÃO O objetivo principal da pesquisa foi investigar que concepção as diretoras têm sobre discriminação racial e verificar quais os procedimentos adotados pelas diretoras frente as situações de discriminação racial ocorrida entre alunos. A pesquisa abrangeu duas instituições escolares da rede pública municipal de Cuiabá-MT, uma na área central e outra na periferia. O interesse em desenvolver esta pesquisa é fruto das constantes situações de discriminação e preconceito constatado no dia a dia no âmbito escolar. Os alunos negros geralmente são vitimas de “brincadeiras” e recebem apelidos pejorativos relacionados à cor da pele ou cabelo. No estudo realizado por Santos (2005, p. 79), ela constatou que a referência negativa ao cabelo afro configurou-se como marca fenotípica mais explicitamente mencionada nas situações de ofensas raciais. “[...] o cabelo constitui a característica física mais funcional para se discriminar racialmente.” Segundo Pinho (2004), os alunos negros nem sempre ouvem calados as provocações. Reagem para brigas e a repressão da equipe gestora recai sempre sobre eles. Essa mesma autora constatou também que os alunos que sempre ficavam de castigo eram os pretos e mulatos estas categorias utilizadas pela autora para se referir a alunos não brancos. Por que apenas os alunos negros são punidos? Até mesmo quando são vitimas acabam por serem considerados os responsáveis pelas agressões sofridas. Pretendeu-se nesta pesquisa: verificar a percepção de diretoras sobre discriminação racial no contexto de duas escolas municipais de Cuiabá/MT; verificar
quais os procedimentos e/ ou intervenções adotadas pelas diretoras frente a situações de discriminação racial ocorrida entre alunos. Conhecer a concepção das diretoras sobre discriminação racial no ambiente escolar é