Entendimento do livro: Escola e Democracia de Dermeval Saviani. No meu entendimento, o autor começa seu livro levantando questões de dois grupos mais ou menos antagônicos. O primeiro grupo são as teorias não-críticas, classificadas como a pedagogia tradicional, a pedagogia nova e a pedagogia tecnicista, acha que a educação é a panacéia milagrosa capaz de erradicar a marginalidade de nossa sociedade. No segundo grupo são as teorias Crítico-Reprodutivistas subdivididas em teoria de sistema enquanto violência simbólica. Neste caso, de forma oposta, a educação aparece como fator agravante, através da discriminação e responsável pela marginalidade. Por último, propõe uma Teoria Crítica da Educação. Saviani frisa que os dois primeiros grupos explicam a marginalização na forma da relação entre educação e sociedade. Eu, particularmente, tenho um ponto de vista formado a respeito da marginalização e acho que o fator “educação” (como escola e pedagogia) não é fator preponderante na erradicação ou no agravamento da marginalidade, acho apenas, um fator coadjuvante. Por sua vez a sociedade também apontada como grande culpada, eu a colocaria em segundo lugar, pois, para mim, a principal causa da marginalidade nasce no seio da família. Podemos observar em casos que conhecemos, de indivíduos sem estudos, aculturados, porém perfeitamente integrados na sociedade como pessoas de bem e até com grande sucesso econômico. Acho que se o pai é um pescador e aos poucos for introduzindo seu filho na arte da pesca, numa relação sadia de companheirismo e amor, dificilmente esta criança será marginalizada. Com certeza dentro de sua sociedade ele estará integrado! De fato, a falta de assistência paterna (pai e mãe) para mim, é um dos principais fatores geradores da marginalidade em nossa sociedade. A escola tradicional e a escola nova são criticadas terrivelmente. Seus insucessos ao redor das décadas de 60 e 70, frisadas por Saviani é simples de explicar.