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Água do mar é o último recurso?
Usina nuclear Daiichi em Fukushima, normalmente usava água purificada para resfriar seus reatores, mas a destruição provocada pelo tsunami de 11 de março exigiu medidas extremas À medida que a situação na usina nuclear de Fukushima piora – quatro dos seis reatores em ponto de fervura foram danificados por explosões ou incêndios, e começou a vazar radiação para a atmosfera –, funcionários continuam a bombear água do mar nos reatores, tentativa desesperada de resfriar as varetas de combustível e evitar uma fusão completa. A iniciativa da Tokyo Electric Power Co. (Tepco), que opera a usina Daiichi, de usar água do mar misturada com boro (que absorve nêutrons) nos vasos de pressão dos reatores tem a contrapartida de que eles nunca mais vão funcionar adequadamente, danificando permanentemente uma das 25 maiores usinas nucleares do mundo. Tais medidas extremas foram necessárias porque os sistemas de resfriamento normal e auxiliar, que fazem circular água purificada para evitar a fusão das varetas de combustível, falharam. O tsunami não só cortou o fornecimento de energia elétrica normal à Daiichi como também inundou e desativou os geradores a diesel de reserva. Três dos seis reatores da usina estavam desligados para manutenção quando o tsunami induzido pelo terremoto aconteceu. A falta de água suficiente para cobrir essas varetas levou a explosões de três reatores em operação, provavelmente devido a um acúmulo de gás hidrogênio. O quarto reator, um dos que tinham sido desligados antes de 11 de março, houve um incêndio que ameaçou evaporar a água num tanque de armazenamento de combustível nuclear irradiado. (Texto extraído da edição nº 107 da Revista Scientific American - Brasil, Abril 2011) Questão 1: Considerando que normalmente a água utilizada para resfriamento de reatores nucleares é purificada através dos processos de destilação e deionização, a