Escola Personalista
A Escola Personalista surgiu em 1867, segundo ela toda entidade tem um proprietário que deve ser considerado no processo de escrituração. Uma coisa é ser, outra é administrar; uma coisa é administrar, outra é guardar os bens.
Doutrina que ligava a contabilidade a aspectos jurídicos, dizendo que o objeto contábil seria os direitos e as obrigações que se relacionavam com a riqueza, sendo o Ativo igual aos deveres e Passivo igual às obrigações do mesmo conjunto de riquezas. Foi fundada durante a segunda metade do século XIX e teve muitos seguidores especialmente Francesco Marchi, Giuseppe Cerboni.
Para os teóricos do personalismo, as contas deveriam ser abertas a pessoas verdadeiras, físicas ou jurídicas e o dever e o haver representavam débitos e créditos das pessoas a quem as contas foram abertas.
Marchi considerou a entidade como sendo totalmente confiada ao administrador, porque é ele o responsável por todo ativo e passivo da entidade, inclusive pelas próprias contas do proprietário. Classificou as contas em quatro categorias: consignatários, correspondentes (que eram devedores e credores do administrador, e este devedor ou credor do proprietário), administradores e proprietários. As contas, para Marchi, sempre se referiam a pessoas de carne e osso.
Cerboni, deu um impulso na teoria personalista, pois, teve grande interesse no aspecto jurídico das relações entre o proprietário e a entidade, que não foi explorado no trabalho de Marchi.
Para Cerboni, a Contabilidade encontrava-se em um estágio bem avançado de desenvolvimento, podendo ser classificada como entrando no estágio definitivo de ramo do conhecimento científico. Toda ciência, na sua opinião, passa por três estágios evolutivos: um primeiro estágio de desagregação, não contando com nenhum prestigio e não sendo seriamente estudada; no segundo estágio, quando atinge um ponto racional, lógico e científico e que, demonstrada a utilidade de que é capaz, torna-se