Escola Noturna, cinema, geografia escolar.
Autora: Josélia Saraiva e Silva
A escola noturna e os alunos trabalhadores.
Inicialmente a autora explica que as escolas noturnas no Brasil tem como característica abarcar alunos com idade superior à 15 anos, geralmente são trabalhadores de baixa renda que começam atuar no mercado de trabalho muito cedo, isso acontece justamente pela necessidade de complementar a renda familiar na busca por obter melhores condições de sobrevivência. Sendo comum ouvir entre a população de baixa renda a ideia de que “o ensino garante o futuro” (pesquisa realizada por Pucci 1992), entretanto, esses alunos tentam conciliar trabalho e estudo para melhorar o posto de trabalho.
A autora afirma portanto, que nas escolas noturnas e públicas abrigam normalmente os alunos com histórico escolar marcado por muitas reprovações e/ou abandono da escola, sendo compreendido como senso comum sendo um “estudo mais sacrificado”, por isso as exigências são menores no que diz respeito aos conteúdos, como a autora sugere no texto como citação por (Carvalho,1994, p.14).
O texto possibilita o entendimento de que faz-se necessário que o docente das escolas noturnas públicas (em especial a Geografia escolar tradicional) se mobilizem à “outras” formas de práticas didáticas, ou seja, utilizar-se de elementos impulsionadores de estímulos aos educandos deste período.
O recurso didático no ensino de Geografia que foi utilizado para ser apresentado no texto são filmes cinematográficos, onde foram aplicados aos alunos do 9° ano do ensino fundamental onde a autora expõe muito claramente todas as etapas explicando como deve-se aplicar em sala de aula.
O texto portanto, por ser bastante didático, encaminha o leitor para uma fácil compreensão da temática à ser aplicada, tornando-se um grande estímulo e/ou um combustível para aqueles que acreditam que ainda podem fazer algo instigante para o público da escola noturna.