ESCOLA ESTADUAL SENADOR JOS BERNARDO AVALIA O DO 3 ANOmedio 2014
710 palavras
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ESCOLA ESTADUAL SENADOR JOSÉ BERNARDOALUNO:______________________________________ Nº_____
SÉRIE/ANO: ______ TURNO:_____ TURMA:_______ DATA:__/___/____
AVALIAÇÃO DE EDUCAÇÃO FÍSICA - PROFº. LUIZ JEFFERSON
Texto: GUGA PODERIA VIRAR UM ASSASSINO Dois jovens, quase a mesma idade, poucos meses de diferença, comoveram, na semana passada, o Brasil. Um deles é branco, 23 anos, ganhou fama com uma raquete na mão. Outro, negro, 22 anos, ganhou fama com um revólver na mão.
Na segunda-feira, Gustavo Kuerten, o Guga, cercado de fãs, deixava-se fotografar em frente à Torre Eiffel com o troféu que levou no torneio de Roland Garros, que o projetou para o primeiro lugar do ranking mundial – e o deixou US$600 mil mais rico. Naquele mesmo dia, Sandro do Nascimento, cercado de policiais, depois de um atabalhoado seqüestro, era jogado num camburão, onde morreu sufocado – ele queria R$1 mil.
Ambos foram acompanhados, minuto a minuto, em tempo real, seja na quadra de tênis ou no ônibus. Cada qual ficou, em seu palco, quase quatro horas, conectado pela TV. Mas o suspense provocado pala raquete de Guga, nas quatro horas de que precisou para derrotar o adversário, nos ensina sobre o que de melhor podemos ser, graças à união da técnica, talento e perseverança. O suspense de Sandro, também quatro horas no ônibus em que tinha o mundo como adversário e uma refém nos braços nos ensinam sobre o que de pior podemos ser, graças á união da falta de técnica, despreparo e omissão.
Pelo seu jeito desengonçado, Guga não inspirava confiança quando ganhou pela primeira vez Roland Garros e rompeu a barreira do anonimato. Sandro nunca inspirou confiança e só rompeu a barreira do anonimato quando seqüestrou, matou e foi assassinado – seu único dia de notoriedade foi também seu último dia de vida, ele que escapara da notória chacina de Candelária.
Se, numa hipótese absurda, jogássemos Guga, no mesmo ano em que nasceu, no ambiente que levou Sandro para a rua, provavelmente estaria preso ou morto.