Escola em tempo integral
A vida social em nossa realidade está cada vez mais exigente. Esta decorre de uma série de mudanças trazidas pela globalização e pelo neoliberalismo. Estas duas correntes têm influenciado diretamente o mercado de trabalho, no sistema educacional e na vida dos indivíduos, direta ou indiretamente. É dentro deste contexto que nasce diversas preocupações a cerca da educação. Principalmente depois de algumas pesquisas mostrarem o baixo rendimento dos estudantes brasileiros, de modo especial, aqueles que se encontram nas regiões mais pobres do país, e a margem da sociedade.
É visível que uma educação de baixa qualidade forma uma sociedade fraca e desprovida de uma das dimensões mais necessárias para o seu desenvolvimento. Deste modo, cabe a escola cumprir especialmente com o seu objetivo que é “fornecer a crianças e jovens condições de adquirir conhecimentos e habilidades tipicamente escolares (leitura, escrita, cálculo e conhecimentos básicos de história, geografia e ciências) necessários ao exercício pleno da cidadania na vida moderna; e ser um espaço de socialização secundária - a interação com grupos externos às relações familiares e o convívio sistemático com pares (outras crianças e jovens) complementa a ação da educação como fenômeno social mais amplo” . Entretanto, se a escola não se ocupar centralmente das atividades específicas dos processos de escolarização terá sonegado aos estudantes, sobretudo os dos setores das camadas populares, o direito à cidadania escolar.
Diante desta realidade surge uma nova proposta no setor educacional que é oferecer a sociedade uma escolarização de tempo integral, que para Zaia Brandão, centra-se no específico da instituição que é oferecer ao cidadão uma escolaridade de qualidade, oportunizando acesso aos conhecimentos legitimados pelos currículos dos sistemas escolares. Observa-se, porém, que ao salientar a qualidade da educação escolar devem-se incorporar, além dos alunos, também professores de