Escola de Frankfurt
Introdução até Um e seus múltiplos: movimentos da Escola de Frankfurt
O corpo teórico da Escola de Frankfurt ou Teoria Crítica se fundou na Alemanha, no ano de 1920 (República de Weimar). Este movimento de ideias foi influenciado por diversos intelectuais da época e de diferentes áreas que buscavam entender qual a lógica que operava e fundava a modernidade. Dentre vários pensadores que perpassaram este movimento alguns valem ser citados, como Theodor Adorno, Walter Benjamin, Herbert Marcuse, Max Horkheimer e Franz Neumann. O que unia este grupo de sábios era o desejo de criar uma “Dialética Negativa” de pensar o não-pensado, negando a realidade como ela se mostra, criando possibilidades de um novo amanhã. O diálogo proposto por eles foi além, procuram sustentar suas ideias mantendo uma interlocução com os grandes filósofos da época, como Friedrich Hegel, Karl Marx, Immanuel Kant e Friedrich Nietzsche. Eles buscavam criar uma teoria que fosse dinâmica e que fizesse jus a realidade na qual ela estava inserida, uma teoria em constante movimento tal como é a realidade. Desse modo, a teoria deveria se adequar ao contexto histórico e social no qual está inserido para possibilitar o surgimento de novas pesquisas e reflexões. Os frankfurtianos buscavam entender esta falta que assolava o indivíduo, objetivando considerações que se colocam dialeticamente em construção, remodelando as dificuldades provenientes das novas épocas. É válido afirmar também que já existiram vários teóricos críticos que combatiam o dogmatismo de pressupostos teóricos, como os provenientes do marxismo e da psicanálise. Contudo, tratar a “teoria crítica” como algo homogêneo é ignorar todas as adversidades que ajudaram a formar tal teoria e seus variados interesses teóricos. A unidade primordial surgiu com o interesse pelo marxismo, buscando teorizar sempre suas questões e preocupações.