Escola de Enfermagem Anna Nery
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Escola de Enfermagem Anna Nery A Escola Anna Nery, escola oficial na época, enfrentou dificuldades para firmar-se como escola modelo e norteadora das diretrizes do ensino da Enfermagem, pois as políticas então eram voltadas para a expansão dos hospitais, divergindo do modelo ideal para a Escola. Ao final da década de 30, a Escola Anna Nery ingressou na Universidade do Brasil, entrando em um período caracterizado pela luta simbólica pela hegemonia da Enfermagementre entre a Anna Nery e a Escola de Enfermagem de São Paulo, com a forte colaboração do SESP. Um relatório de 1942 feito pela enfermeira americana Mary Elizabeth Tennant e enviado ao SESP alertava para o número insuficiente de enfermeiras atuantes no país e propunha a criação do órgão no Ministério de Educação e Saúde, que se responsabilizasse pelas diretrizes e estruturação do ensino da Enfermagem, e a construção de pelo menos mais quatro escolas. Como decorrência do relatório, o SESP criou em sua estrutura a Divisão da Enfermagem. Devido resistências da diretoria da Escola Anna Nery em relação às intervenções da representante americana do SESP houve um período de embates acadêmicos e estabeleceu-se um espírito de antagonismo entre a Escola e o SESP. Contudo, mesmo diante dessa situação problemática, foi traçada uma política amistosa. A Fundação Rockfeller contribuiu com o processo de capacitação da enfermeira Edith Fraenkel, bem como concedeu bolsas de estudos a seis educadoras sanitárias para a realização do curso de Enfermagem na Universidade de Toronto. Para Almeida Filho, a formação de docentes no exterior constitui-se em estratégia para formar um grupo cuja competência seria reconhecida no ambiente científico da época, sendo dotado de um discurso autorizado e capaz de se contrapor ao modelo de enfermagem da Escola Anna Nery. Com a criação da Escola de Enfermagem de São Paulo, o apoio do SESP e da Fundação Rockfeller (sem sua interferência direta, insistente