Escola da Palo Alto - Análise de Case
Analisaremos o programa “Esquenta!” da Rede Globo de Televisão a partir de conhecimentos derivados da Escola de Palo Alto (Colégio Invisível). Alguns aspectos serão colocados em evidência para que questões sejam levantadas e possivelmente esclarecidas pelo olhar crítico dessa teoria, são tópicos que variam entre representação social, cultura e processos comunicativos. Levaremos em conta os pressupostos antropológicos propostos por Gregory Bateson para termos um melhor embasamento na análise do programa e da conjuntura social que ele provoca.
A Teoria
Escola de Palo Alto, também conhecida como Colégio Invisível, surgiu na Califórnia (EUA), na década de 40. Sendo formada por um grupo de pesquisadores com diferentes formações – antropologia, linguística, matemática, psicologia, a teoria seria uma ruptura nos estudos sobre essa área. Uma nova leitura da comunicação era trazida nos trabalhos desenvolvidos pelos pesquisadores americanos. Os integrantes da escola possuíam formação antropológica – Gregory Bateson, Erving Goffman, Edward T. Hall e Ray Birdwhistell – e psiquiátrica – Don Jackson, Paul Watzlawick e Albert Scheflen.
A escola inicia seus estudos exatamente em 1942, impulsionada pelo antropólogo Gregory Bateson. A Escola de Palo Alto se diferencia dos estudos comunicacionais pois compreende-se com essa teoria o processo social permanente, a partir de um modelo circular. O princípio da retroação e feedback do esquema circular foi criado por Norbert Wiener (1948), um dos estudiosos da teoria matemática. Bateson e seus seguidores da Escola de Palo Alto acreditavam que a comunicação deveria ser estudada a partir de um modelo próprio, das ciências humanas, e não das lógicas matemáticas. Contrariando o modelo da Teoria da Informação que segue o modelo linear, a teoria da Escola de Palo Alto deixa clara a importância tanto do receptor, quanto do emissor e que toda relação humana é um processo conjunto e