A Escola Alemã A doutrina alemã de educação física preceituava a formação do corpo e a corporeidade como o principais elementos de educação. As escolas nada mais eram que verdadeiros espaços para a formação física dois futuros cidadãos que, através da imponência de sua representação física, poderiam simbolizar a magnitude e a superioridade do Estado germânico, em relação às demais raças em relação aos demais. Essa filosofia de ensino da Educação Física Escolar, originária na Alemanha logo após sua constituição como Estado Moderno (República de Weimar - 19184) possibilitou a formação de ideais totalitaristas, que culminariam com a rápida inflamação dos princípios nazistas (capitaneados por Adolph Hitler) e fascistas (defendidos pelo ditador Benito Mussolini na Itália) e com a deflagração da 2ª Guerra Mundial. O movimento de aproximação pedagógica entre eugenia e atividade física (sobretudo com o esporte) ganhou notoriedade mundial com os Jogos Olímpicos de 1936, ocorridos em Berlim. A exposição dos atletas alemães, normalmente com um biótipo característico, induzia à percepção de uma superioridade genética (“altos, fortes e rápidos”). Essa estratégia foi um importante meio de marketing, difundindo a expansão dessa doutrina ao mundo, com reflexos diretos no Brasil. A transmissão das imagens e das notícias (via rádio) dos desempenhos atléticos dos alemães objetivavam espécie de demonstração de força da Alemanha em relação aos demais países, através da exteriorização de uma clara política nacionalista, além da construção de uma imagem de Estado Nação. SIGOLI & JÚNIOR (2004) acreditavam que os Jogos Olímpicos de 1936 foram os primeiros eventos esportivos que utilizaram as competições como ferramentas de divulgação ideológico-política: Apesar dos Jogos Olímpicos terem se tornado uma instituição independente, continuaram a ser apropriados por estados nacionais e outras instituições. Este fato pode ser observado na Alemanha nazista durante os Jogos