escol
A Educação Infantil pode ser analisada sob diferentes olhares, cada um com suas especificidades: o olhar do ensino público e o do privado, o olhar do ensino assistencialista e o do antecipatório, o olhar da recreação e o do ensino sistematizado. Quando analisamos o que determina os diferentes olhares, percebemos que a Educação Infantil está em constante mudança e essa dinâmica garante um avanço nos estudos sobre a área. Nesse aspecto, a partir de 1988, muito tem sido produzido com o objetivo de “dar suporte teórico-metodológico para a implementação de um caráter educacional nas instituições de educação infantil” (CERISARA, 2000, p. 81).
Barbieri (1991) enfatiza a importância do ensino, na Educação Infantil, aproximar-se cada vez mais da criança. Com isso, seria possível evitar que, ao aproximar-se demais do Ensino Fundamental, ele termine por se distanciar da própria criança. Para focarmos, especificamente, o ensino de Ciências Naturais na Educação Infantil, torna-se necessária uma análise do contexto em que esse nível de ensino está inserido atualmente, além de nos aprofundarmos na importância do ensino de Ciências Naturais para as crianças que nele se encontram.
1 – O contexto em que está inserida a Educação Infantil
A Educação Infantil recebe essa denominação a partir da Constituição de 1988, quando passa a ser considerada uma etapa que antecede o Ensino Fundamental. Ela engloba as creches (que atendem crianças de 0 a 3 anos) e as pré-escolas (que se voltam para as de 4 a 6 anos). A partir de 1996, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) - Lei no 9394/96 – a Educação Infantil torna-se a primeira etapa da Educação Básica, que envolve os ensinos Fundamental e Médio, desvinculando-se, portanto, da Secretaria de Assistência Social. Nesse contexto, a Educação Infantil, apesar de não ser obrigatória, é entendida como uma opção da família, um direito das crianças e um dever do Estado.