Esclerose Múltipla
A Esclerose Múltipla é uma doença do sistema nervoso central considerada desmielinizante, pois causa danos na mielina (desmielinização). A mielina é a proteína fundamental na transmissão do impulso nervoso, que reveste as fibras nervosas destinadas à medula espinhal e aos impulsos do cérebro e do nervo óptico.
Na Esclerose Múltipla, a mielina se transforma em placa endurecida (esclerose), interferindo na transformação dos impulsos do cérebro, do nervo óptico, e da medula espinhal, dificultando o controle de várias funções orgânicas tais como: a visão, o andar, a fala e várias outras em particular, as funções fisiológicas, que se descontrolam (PEREIRA, 2002, p.5)A esclerose múltipla (EM) é doença crônica, de caráter inflamatório e degenerativo (O’Connor P. Key; 2002). Aparece mais frequentemente em adultos jovens.
EPIDEMIOLOGIA
A EM é mais comum em mulheres do que em homens, em uma proporção de 1,7 para 1. Aparece mais frequentemente em indivíduos de cor branca do que em hispânicos ou negros, e é relativamente rara entre os asiáticos e alguns outros grupos. A doença aparece com mais frequência em indivíduos da Grã-Bretanha, Escandinávia e Norte da Alemanha; indivíduos do norte dos Estados Unidos parecem ser mais suscetíveis do que os que vivem na parte sul do continente. E é desconhecida entre os povos negros da África. (Kalb R.C.; 2000)
O Brasil é uma área de baixa prevalência para EM, de acordo com dados de pesquisa multicêntrica brasileira (Projeto Atlântico Sul - 1995-1997).
Três fatores são estudados na etiopatogenia da doença: predisposição genética (o indivíduo possui vários genes de susceptibilidade e poucos genes protetores), fatores ambientais provavelmente mais de um, que desencadearia o início da doença) e o desenvolvimento de uma resposta autoimune anormal dirigida contra os componentes do SNC (VIEIRA; OLIVEIRA, 2010)
HISTÓRICO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA
Segundo Frankel (1994) a EM foi registrada pela primeira vez em