Esclarecimentos Prote O Diferencial
Normalmente chama-se de relé diferencial comum quando a proteção diferencial é feita com um relé de sobrecorrente com função 50 (sobrecorrente instantânea) ou 51(sobrecorrente temporizada) que realiza a função 87– a função diferencial. Outro tipo de esquema que surgiu e segue os princípios básicos dessa filosofia de proteção diferencial é a proteção diferencial percentual, que tem o esquema de proteção baseado na interação de duas bobinas:
Bobina de restrição, que tem uma derivação central. O campo magnético gerado nesta bobina de restrição atua atraindo um êmbolo produzindo um torque negativo, isto é, contrário ao torque de operação.
Bobina de operação, cujo campo magnético atrai um êmbolo que produz o torque positivo.
A corrente na bobina de operação é proporcional a (I1– I2). Se N é o número de espiras da bobina de restrição, então o total de ampères-espiras é igual a I1(N /2) mais I2(N /2), que é como se (I1+I2)/2 fluísse por toda a bobina de restrição. A característica de operação desse tipo de relé está na figura 2.1
Está prática percentual é comumente aplicada para proteção de transformadores de potência com capacidade superior a 2,5 MVA.
O torque de restrição do relé aumenta conforme a magnitude de (I1+I2), prevenindo assim qualquer sinal de trip desnecessário devido a um erro dos TC’s.
O esquema de proteção diferencial aplicado a um transformador monofásico é mostrado na figura 2.2. Esse esquema mostra a conexação dos TC’s 1 e 2 são respectivamente 1:n1 e 1: n2, e a relação de transformação do transformador de potência é N1:N2. Em condições normais de operação, as correntes percorrem os secundários dos TC’s i1s e i2s, serão iguais desde que a relação N1/N2 = n2/n1 seja mantida.
Costuma ocorrer que as correntes no primário dos TC’s não são iguais, pois normalmente N 1≠N2. Portanto, para que as correntes nos secundários sejam iguais, é necessário que os TC’s possuam relação de tapes, possibilitando realizar a