Escassez de gua em SP
• Principal fornecedor de água à população da Grande São Paulo, o Sistema Cantareira teve uma sequência de quedas no nível das suas represas - e o panorama já é considerado a pior crise da história na região. A rede, na sua totalidade, é responsável pelo abastecimento de 8,1 milhões de habitantes, população quase seis vezes maior do que o número de habitantes de Porto Alegre.
• Quase três meses depois, só se agrava a secura das torneiras dos paulistas. Conforme reportagem do jornal Folha de S. Paulo de sexta-feira (03/10), as medidas adotadas pela Sistema Cantareira nos últimos cinco meses já são equivalentes a uma situação de racionamento, com um rodízio de três dias sem água para cada 1,5 dia com abastecimento. • O presidente do Conselho Mundial de Água,
Benedito Braga, explica a crise paulista em três pilares. O primeiro, e considerado o mais importante, é a situação climática, já que a chuva entre o final de
2013 e início de 2014 foi 30% menor se levada em consideração uma série histórica de cem anos. O segundo corresponde ao costume dos consumidores que não se preocuparam em usar água conscientemente, pois o recurso sempre foi abundante. Em terceiro, está a falha no processo de alertar a situação aos moradores.
• Para o vice-diretor do Instituto de Pesquisas
Hidráulicas da UFRGS, Carlos André Bulhões
Mendes, São Paulo chegou ao ponto crítico devido à falta de gestão. Ele avalia o Sistema Cantareira como um exemplo a não ser seguido, já que, enquanto os níveis baixavam, poucas medidas foram tomadas e, neste momento, qualquer solução bate no temido e polêmico racionamento.
• — Há cerca de um ano, o nível dos reservatórios do
Cantareira vem baixando. Isso é a crônica da morte anunciada. No momento que tenho o nível caindo, tenho de adotar regras de operação para controlar a torneira — diz Mendes.
• A presidente da, Dilma Pena, garantiu que São
Paulo não terá que passar por um racionamento, mas admitiu "falta de água pontual" à