escassez de agua no sudeste
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O aumento da população mundial e o comprometimento cada vez maior dos corpos d’água fazem com que a escassez desse recurso vital torne-se não apenas um cenário futuro sombrio, mas uma ameaça cada vez mais presente. A bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul estende-se por territórios pertencentes a três Estados da Região Sudeste, cuja rede de drenagem ocupa uma área de aproximadamente 57.000 km²: São Paulo (13.605 km²), Rio de Janeiro (22.600 km²) e Minas Gerais (20.500 km²). O rio Paraíba do Sul é utilizado para fins domésticos e industriais, não só como fonte de abastecimento, mas, também, como receptor de efluentes. Esta bacia abrange uma das mais desenvolvidas áreas industriais do País, arrecada cerca de 10% do PIB nacional e tem um papel de destaque na implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos. O vale do rio Paraíba do Sul revela progressivo processo de industrialização e urbanização assim como degradação ambiental. Segundo a ANA (Agência Nacional de Águas, 2003), o intenso uso urbano, industrial e energético que se faz dos recursos hídricos desta bacia contribuíram para o aumento da demanda de água, com sérios indícios de comprometimento da quantidade e da qualidade dos rios.
Pode-se afirmar que as chuvas do verão 2002/ 2003 tiveram um início próximo à climatologia, ou seja, as chuvas foram em torno da média de longo termo, entre os meses novembro e dezembro de 2002. Entretanto, os totais acumulados nos meses subseqüentes foram inferiores a 50% da média histórica, fechando a estação com um déficit, durante 2001-2003, e acima da média no período 1966-68, quando houve o pico da estação chuvosa. Segundo dados divulgados pelo Operador Nacional o Sistema Elétrico ONS (CBH-PS 2003), a última vez que houve um armazenamento máximo na bacia foi em 1996, quando se atingiu a marca de 98,7%. Desde então, esse volume diminui a cada ano, chegando até 45,2 % em 2002. Já no final de julho de 2002, a situação voltou a se agravar. Diante desta situação de