Escarlatina
A hidrocefalia (palavra derivada do grego hidro=água; céfalo=cabeça) é um acúmulo excessivo de fluído (líquido cefalorraquidiano) dentro dos ventrículos (espaços no cérebro) ou do espaço subaracnóide.
Mecanismo de produção:
O líquido cefalorraquidiano ocupa o espaço existente no interior das cavidades que compõem o encéfalo, os ventrículos cerebrais e o espaço subaracnoidiano, nomeadamente entre a membrana interna das meninges (pia-máter) e a média (aracnóide). Este líquido é produzido graças a um processo de filtração do sangue pelos plexos coróideos, dobras muito vascularizadas da piamáter, que se situam na superfície interna dos ventrículos cerebrais laterais. Daqui, o líquido passa através de canais específicos pelas restantes cavidades encefálicas, circulando ao longo do espaço subaracnoidiano até ser reabsorvido no sangue graças à acção de outras formações específicas denominadas granulações ou vilosidades aracnoidianas.
Em condições normais, o líquido cefalorraquidiano é produzido e reabsorvido na mesma quantidade, sensivelmente 150 a 200 ml por dia, o que faz com que a sua circulação seja constante e igual à pressão exercida no interior das cavidades que o albergam. Por isso, qualquer aumento na produção, diminuição da reabsorção ou obstáculo na circulação de líquido cefalorraquidiano pode provocar uma hidrocefalia.
Tipos de hidrocefalia: * Hidrocefalia obstrutiva ou não comunicativa: problema provocado por um obstáculo na circulação do líquido para o espaço subaracnoidiano, impedindo a normal reabsorção.
* Hidrocefalia comunicativa: quando o líquido, embora circule livremente, não é reabsorvido de forma adequada ou, em casos mais raros, é produzido em quantidades exageradas.
* Hidrocefalia infantil: quando já está presente no nascimento ou se desenvolve nos dois primeiros anos de vida. Neste caso, costuma ser provocada por uma alteração congénita, independentemente de ser originada por uma malformação