MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: Identidade e alienação ∕ Maria Lúcia Martinelli. 12. ed . – São Paulo : Cortez,2008, p. 93-119. | 93949596979899100101102103104105106107108109110111112/3114115116/7118/9 | A Grande Depressão foi sentida principalmente pelos trabalhadores europeus e suas famílias, pois crescentes dificuldades foram impostas à eles. Entretanto, os trabalhadores por sua vez, não ficaram inertes á situação e, ao longo do século XIX, desenvolveram importantes estratégias de luta ao transitar da prática sindical, stricto sensu, para a prática política.A pressão por parte dos trabalhadores foi tão forte, que os burgueses começaram a encará-la de forma mais séria, tanto que no século XX, a questão social de fato começava a incomodar e foi colocada em pauta. Ainda no mesmo século, no final da terceira década, ocorreu uma grande crise econômica mundial muito mais devastadora do que todas as crises provocadas pela Grande Depressão. Neste momento, o capitalismo entrou em colapso, a pobreza crescia de forma significativa e para tentar se reerguer o sistema utilizou-se dos monopólios.Os monopólios se fortaleceram e com isso, no início da década de 30, houve uma grande repressão sobre os trabalhadores para impedi-los de se organizarem e isto resultou no aumento do poder de organização e capacidade combativa dos mesmos. Além disso, se por um lado os monopólios se consolidavam, por outro o pauperismo se alastrava. Neste momento a “questão social” precisava ser equacionada de formas diferentes, novas e para isso a classe dominante pediu auxílio para agentes que a própria criara para o enfrentamento da mesma (“questão social”).A prática do serviço social era determinada pelo sistema capitalista, e naquela conjuntura (século XX/sociedade pós-guerra) o exercício do assistente social era trabalhar no contexto da estrutura e das relações sociais. Entretanto não seria tarefa fácil, uma vez que, a prática assistencial era distante das relações sociais, sendo