esboço resenha
O autor inicia o texto fazendo uma descrição da Europa do século XVI e de como a “descoberta” de novas terras encantou o europeu desse período da história. Considerando-se que o continente europeu atravessava um de seus piores momentos por conta, da crise econômica e das doenças. Essas novas terras significaram um renascer de sonhos. Um verdadeiro paraíso terrestre. No entanto, esse encantamento foi breve. O conquistador europeu, à medida que se aproximava do índio, mais se convencia que estes eram verdadeiras aberrações. É verdade, que vários dos relatos escritos sobre os índios e mais precisamente sobre os tupinambás não tinham o teor de verdade necessário. Muitos deles foram redigidos por autores que sequer estiveram em terras brasileiras, e isto acarretou uma verdadeira enxurrada de crendices. Crendices essas que foram se propagando século após século.
Em paralelo a tudo isso, os indígenas brasileiros viviam imersos em sua realidade física e cultural forjada por centenas de práticas diversas. Eram autossuficientes e estabeleciam seus vínculos políticas de acordo com as circunstâncias. O autor expõe no texto que esses vínculos políticos circunstanciais certamente foram o ponto fraco dos tupinambás. Haja vista que o europeu aproveitou-se disso como bem entendeu. Era costume entre os tupinambás o ritual do canibalismo que é mais conhecido aqui como antropofagia. Este ritual consistia em “devorar” a carne do inimigo aprisionado para adquirir deste suas virtudes. Isso pareceu aos olhos do conquistador um verdadeiro retrato infernal. O autor chega a afirmar que a liberdade e a guerra eram os polos formadores da sociedade tribal. Apesar de ser uma sociedade medianamente organizada com sua política, sua maneira autossuficiente de subsistência, os indígenas brasileiros ainda acreditavam que poderia existir um paraíso a oeste. Orientados pelos caraíbas, os índios organizavam-se em