Erving Goffman e o isolamento Manicomial
Há uma dificuldade nitida na sociedade de enxergar o duvidoso valor de algumas instituições sociais, especialmente se considerado o distanciamento que impoem ao individuo de seu papel social, afastando-o de qualquer possibilidade de interação, de aculturamento e desenvolvimento intelectual e subjetivo, dilacerando sua individualidade, sua personalidade, seu “modo de ser. Goffman, na epígrafe deste trabalho, se refere à dificuldade de vislumbrar esse distanciamento, bem como se referirá ao mesmo no decorrer de toda a sua obra “Manicômios, prisões e conventos”, se referirá, pois, ao individuo enquanto mero indigente, afastado de seus direitos civis e possibilidades de escolha. O que se tornou possivel desde o advento do conceito de loucura e das politicas de higienização social, mencionadas por Foucault em seu “História da Loucura na idade clássica” e foi estudada por nós no decorrer da disciplina de Reforma Psiquiátrica.
Esse trabalho tem como objetivo, pensando o homem enquanto ser social, enumerar e discorrer sobre as consequências do tratamento a partir do isolamento social nas instituições denominadas como Hospitais Psiquiatricos que foram criados e legitimados no início do século XX e se mantiveram até meados do séc XXI ao individuo que recebe com isso o estigma de “doente mental”, “louco”, “alienado”, dentre tantas outras alcunhas que surgem a partir da criação da idéia de “loucura”.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 As Instituições totais e suas características.
Segundo Goffman, toda instituição tem tendencia ao fechamento, em outras palavras, toda instituição passa, de alguma forma, os mais diversos tipos de ideologia aos seus frequentadores, ocupando parte do tempo e do interesse do inviduo o lhe dando algo do mundo,no entando quando analisamos as instituições de nossa sociedade ocidental percebemos que algumas tem uma tendencia maior ao “fechamento” que outras. “Seu fechamento ou seu caráter total é simbolizado pela