ERROS PRÉ-ANALÍTICOS LABORATORIAIS
A fase pré-analítica compreende a seleção do teste pelo requisitante, o pedido da análise, a colheita da amostra, a identificação do utente e da amostra e, por fim, o transporte até ao laboratório.
Estima-se que cerca de 0,5% de todos os resultados laboratoriais sejam errados . Dos erros relacionados com o diagnóstico laboratorial, são vários os estudos que relatam que a maioria das falhas ocorre nas fases pré-analítica e pós-analítica, sendo que a primeira apresenta mais falhas. Assim, de modo a promover a segurança do doente, a redução de erros pré-analíticos deve ser uma prioridade para todos os prestadores de cuidados de saúde.
O erro do clínico é a maior fonte de erro na fase pré-analítica e que pode estar na origem de erros major em outras fases do diagnóstico. São exemplos destes erros a obtenção da amostra do doente errado, o procedimento cirúrgico não adequado, a obtenção de material inadequado para diagnóstico, a colocação da amostra no fixador errado, o pedido do exame inadequado (e.g. citologia aspirativa ou exame extemporâneo quando não indicados), a identificação incorreta da amostra ou do local da colheita e o fornecimento de informação clínica inadequada. Também podem ocorrer erros graves durante o transporte como perda, exposição a fatores ambientais que possam destruir a amostra, não entrega da amostra ou entrega no local errado. A informação clínica incorreta, ou incompleta também pode resultar em erro, por exemplo, a abordagem de uma amostra acompanhada de uma informação de doença inflamatória é diferente da mesma amostra acompanhada da informação de massa de etiologia a esclarecer, descartar malignidade.