Erros de medicação identificados em uma UTI de Belo Horizonte
No meio hospitalar a assistência e o uso seguro e racional de tecnologias, nestas incluídas os medicamentos, passam por muitos processos, entretanto, geralmente fragmentados. Nesse ambiente a assistência ao paciente é multidisciplinar, e com decisões inter-relacionadas. Diante destas complexas relações, uma elevada probabilidade de falhas pode ocorrer, o que reduz a segurança aos pacientes (Néri, 2008).
Ao ser admitido em um hospital, o paciente se entrega por inteiro nas mãos daqueles, em quem deposita confiança para a resolução do seu problema de saúde e espera que este seja resolvido, sem que haja nenhum agravo adicional, decorrente da sua estadia na instituição. Os pacientes acreditam que quando entram no sistema de saúde, estão seguros e protegidos de injúrias (Néri, 2008).
Com isso, a segurança dos pacientes no decorrer da internação hospitalar tem merecida atenção dos enfermeiros na busca por uma assistência que assegure um máximo de qualidade. Nesse sentido, no que se refere à administração de medicamentos, a ocorrência de erros durante qualquer etapa desse processo, não só é indesejável para o alcance da qualidade dos serviços, como prejudicial para o paciente, equipe multidisciplinar e instituição. (Toffoletto et al, 2006). Aproximadamente 30% dos agravos que ocorrem durante o período de hospitalização estão relacionados a erros de medicação, resultando em grande impacto econômico e em graves níveis de morbimortalidade. (Silvia, 2009).
Em um hospital, o primeiro passo para prevenir os erros de medicação é aumentar a segurança para os pacientes. Isso envolve, necessariamente, a prescrição de medicamentos, já que essa é a primeira etapa da cadeia terapêutica. Estudo aponta que cerca de 39% dos erros no processo de uso de