Eros O Costeira
Maria Cerqueira/João Oliveira07 Jan, 2014
Na Apúlia, em Esposende, o mar está cada vez mais próximo das casas. A forte ondulação dos últimos dias agravou a erosão da costa e ameaça a segurança de algumas habitações.
A erosão costeira é um fenómeno cada vez mais visível no Litoral de Portugal e, em particular, no Litoral Norte. Em Portugal, nas últimas décadas, tem-se vindo a assistir a um aumento progressivo do processo erosivo das zonas costeiras. Um dos exemplos mais conhecidos desta ação erosiva situa-se na região de Esposende, no destrito de Braga. O litoral de Esposende carateriza-se por ter uma costa baixa e arenosa, marcada por um cordão dunar proeminente, parcialmente recortado pela área de edificado de Mar, Cepães, Esposende, Ofir, Srª da Bonança, Pedrinhas, Cedovém e Apúlia e dividido pela embocadura do rio Cávado. Está ancorado a norte por um molhe e a sul por uma restinga arenosa que separa o rio do mar e constitui um elemento fundamental de proteção da frente urbana de Esposende. A sul do rio Cávado surgem alguns dos problemas mais complexos deste troço de costa: a retinga de Ofir, cuja fragilidade levou já ao seu rompimento e à necesidade de alimentação mais ou menos sistemática, e a existência de ocupação edificada, que levou à execução de obras de proteção, mais ou menos bem-sucedidas, mas que não evitam fenómenos de enxovalhamento e galgamento. As obras de proteção incluem o esporão de fixação da foz do rio Cávado, na margem direita, os esporões de Ofir, Pedrinhas e Apúlia e os enrocamentos e defesas frotais de proteção de edificações em Mar, Ofir e Pedrinhas. Existem outras intervenções, como as paliçadas (estruturas de madeira que imitam a ação da vegetação dunar e favorecem o crescimento das dunas, ao promoverem a deposição de areias transpotadas pelo vento.) e a recomposição de maciços dunares, a fixação dos troços terminais das pequenas ribeiras e as periódias deposições de areias na