Eritroblastose fetal
A eritroblastose fetal é uma doença genética que ocorre em mulheres que não apresentam em seu sangue o fator RH. Como outras doenças existentes, poderia ser evitada se a população recebesse uma boa orientação sobre elas, ou seja, a realização de aconselhamento genético. Diante disso, este trabalho tem como objetivo a realização de ações educativas acercas das doenças genéticas mais comuns na população. Tais ações serão direcionadas para mulheres grávidas e em idade reprodutiva, assim como para quem trabalha diretamente com elas lhes dando as primeiras orientações: agentes de saúde (ACSs) e membros da Pastoral da Criança. Por meio de palestras, entrevistas e outras atividades, procurar-se-á informar e sensibilizar a comunidade sobre a existência das doenças genéticas, principalmente àquelas relacionadas ao fator RH.
1 INTRODUÇÃO
A doença hemolítica perinatal (DHPN), também conhecida como eritroblastose fetal, caracteriza-se por destruição das hemácias do feto ou recém-nascido (RN) por anticorpos maternos que atravessam a placenta, levando à anemia fetal (AMIN et al., 1995). É causada por incompatibilidade entre os grupos sangüíneos da mãe e do feto, sendo, na maioria das vezes, responsabilizados os antígenos eritrocitários dos grupos Rh e ABO e, mais raramente, outros antígenos eritrocitários, além dos antígenos c, E e Kell, os quais são responsáveis por 2% dos casos (BOWMAN, 1990). Até 1963, fetos imaturos que desenvolvessem hidropisia em virtude da isoimunização Rh estavam praticamente condenados ao óbito intra-uterino. Liley (1963), ao introduzir um método indireto de rastreamento do grau de anemia fetal por meio da espectrofotometria do líquido amniótico inaugurou uma nova era na propedêutica da DHPN, logo seguida pela possibilidade de terapêutica intrauterina mediante transfusão intraperitoneal guiada por fluoroscopia. Daffos et al. em 1983, descreveram a coleta