ericles
“Alimpai-vos pois do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós”. 1 Coríntios 5:7
A páscoa tem sua raiz entre o povo hebreu. Entretanto a velha história do coelhinho e do ovo de páscoa é uma desfiguração da verdadeira, que em nossos dias é direcionada ao consumismo. Falaremos da verdadeira páscoa dos hebreus e de seu significado na cultura cristã.
Há mais de três mil anos atrás o povo hebreu encontrava-se escravizado pela nação egípcia. Por quatro séculos eles permaneceram subjugados pelo braço forte dos faraós. Então o Eterno, levantou Moisés poderosamente para instaurar a libertação. Nove pragas balançaram os egípcios, porém a décima abalou as estruturas do reino.
A derradeira praga anunciava a morte de todos os primogênitos no território egípcio, começando pela casa de faraó, continuando até a casa do mais simples camponês, abrangendo ainda as primeiras crias dos animais. A única maneira de safar os filhos primeiros do juízo de Deus, era realizando o pessach “a páscoa”. Todavia, Deus agraciou somente o seu povo sofredor com este triunfo (Êxodo cap. 12).
A páscoa dos hebreus marcava a transição da vida escrava nas fornalhas para um período de peregrinação em direção à terra de delícias, à Terra Prometida. Este evento foi tão marcante que mudou até o calendário judeu (Êxodo 12:1 e 2). Até então o ano judaico tinha começado com o mês de Tisri, perto do equinócio do outono. O mês em que sucedeu a saída, o mês de Abibe ou Nizã, era no equinócio da primavera. As famílias guardavam um carneiro ou cabrito, o reservando por quatro dias (10 de Nizã*). O animal devia ser macho, sem defeito, e sem mancha alguma, no dia 14 de Nizã ao por do Sol ocorreria o sacrifício. O cordeiro assado no fogo, era acompanhado na refeição por ervas amargas e pão sem fermento. A família devia comer a páscoa em prontidão, a peregrinação não tardaria, a