eric j. hobsbawm
Introdução: O capítulo tem como objetivo abordar o desenvolvimento da Revolução Industrial, tomando como enfoque histórico o período compreendido entre 1780 a 1840.
É importante ressaltar, como o faz Hobsbawm, que essa periodização representa uma questão analítica, por dua razões:
a) porque alguns processos que levaram à Revolução Industrial se desenrolaram antes mesmo de 1780. Há controvérsias, inclusive, em apontar um momento inicial;
b) o termo Revolução Industrial só faz sentido se permeado pela idéia de que a mudança tecnológica assumiu como norma a constante transformação.
Neste sentido, “... a revolução industrial não foi um episódio com um princípio e um fim...” (Hobsbawm, 1998, pag. 45)
Foi, durante 1780-1840 que a Inglaterra conheceu o desenvolvimento da industrialização, no sentido da ascensão da sociedade capitalista, onde apenas os laços entre o ouro e o papel-moeda se mantinham.
1a afirmação importante: o desenvolvimento industrial da Grã-Bretanha não foi decorrente de uma superioridade tecnológica e científica.
A França, por exemplo, estava à frente dos ingleses no desenvolvimento das ciências naturais. Após a Rev. Francesa se acentuaram, ainda, os desenvolvimentos na matemática e na física.
-----> franceses melhores navios; tear de Jacquard (1804), École Polytechnique;
----> alemães, Bergakademie de treinamento técnico;
----> Grã-Bretanha: escolas públicas sonolentas; faculdades sem expressão, exceções feitas à educação primária dos quacres (início do século XIX) e das universidades democráticas e austeras da Escócia que revelaram nomes como James Watt, Thomas Telford, Loudon MacAdam, James Mill.
As dificuldades tecnológicas não implicam que “... os primeiros industriais não estivessem constantemente interessados na ciência e em busca de seus benefícios práticos”. (op.cit., p.47)
2a afirmação importante: A Grã-Bretanha reunia