ergonomia

Análise ergonômica de postos de trabalho

Paula Lunardi de Mello (UFRGS) [e-mail]

Resumo
O objetivo deste trabalho é analisar e avaliar os postos de trabalho existentes em uma empresa de entrega de correspondências. Com isso, pretende-se definir as demandas exigidas e constrangimentos aos quais os operadores são expostos como base para a transformação do sistema homem-trabalho-máquina. Esta análise se justifica no momento que a empresa questiona os altos índices de absenteísmo apresentados. A investigação teve como base a análise ergonômica da tarefa conforme proposto por Santos & Fialho (2003) e a análise das atividades em nível postural, pela aplicação do programa WinOwas®. Os resultados indicam que há problemas posturais e de repetitividade, que podem ser contornados pela adequação física dos postos e reorganização do trabalho pelo rodízio entre postos.
Palavras-chave: Ergonomia, análise, multifuncionalidade.

1. Introdução
A Ergonomia foi desenvolvida pela necessidade do homem em tornar as atividades imprescindíveis à sobrevivência menos penosas ao seu executor; penosas, por trazerem danos à saúde e também por não proporcionarem prazer.
Esta abordagem se alinha a uma das correntes da Ergonomia: a Ergonomia francesa. Esta corrente se orienta à organização do trabalho: quem faz o quê e (sobretudo) como o faz, e se poderia fazê-lo melhor (MORAES & MONT’ALVÃO, 1998).
A segunda corrente é a denominada americana. Esta tem o enfoque em características: antropométricas, ligadas ao esforço muscular, ligadas a influência do ambiente físico, psicofisiológicas, dos ritmos circadianos. Os ergonomistas desta corrente coletaram uma grande quantidade de dados a respeito da máquina humana, e em particular sobre seus limites (MORAES & MONT’ALVÃO, 1998).
Independentemente da corrente, a base para melhorias das condições de trabalho é a Análise Ergonômica do Trabalho.
A Análise Ergonômica do Trabalho comporta três fases: análise da demanda,