Ergonomia
Mais uma vez caros leitores, venho tratar de um assunto tão importante quanto controverso; porém, extremamente atual e relevante: o Risco Ergonômico.
O campo de estudo e de trabalho em ergonomia, por si, já é bastante controverso. Costumo dizer à alguns clientes que assessoramos que em ergonomia “tudo pode, ao mesmo tempo que não pode”.
Dentro deste “tudo pode e tudo não pode” permitimos uma margem muito grande de manobra em um assunto que as empresas não estão acostumadas a lidar.
Não é tarefa das mais simples quantificar fatores como satisfação, bem-estar, cansaço, dor, etc, etc. Dentro deste contexto podemos dizer que nasce o conceito de Risco Ergonômico.
Risco, segundo a norma OHSAS 18001 é a combinação da probabilidade e gravidade (conseqüência) de um determinado evento fator de risco (ou perigo) ocorrer.
Contudo, “Fator de risco” é expressado por uma situação ou fonte potencial de danos em termos de acidentes pessoais, doença, danos materiais, danos ao ambiente de trabalho ou a combinação dos mesmos.
Resumindo, para definirmos o quanto uma atividade ou situação de trabalho apresenta de risco ergonômico precisamos saber muito bem identificar o agente potencial (perigo ou fator de risco) e conseqüentemente quantificá-lo. E aqui reside o problema de diversos profissionais que atuam na área de saúde ocupacional.
Muitos profissionais estão acostumados a analisar as questões do trabalho, segundo a ótica do PPRA, onde existem índices de aceitação ou de exposição. Exemplos típicos são ruído e temperatura.
Neste caso, quando inseridos no contexto ergonomia, esses profissionais saem a caça das posturas incorretas, das cadeiras anti-ergonômicas, das bancadas em altura inadequada. Esquecem que pessoas são pessoas, e como tal são passíveis de emoções e sensações.
Como resultado, encontramos em diversos “Laudos Ergonômicos” soluções como: melhora da postura, sentar adequadamente, troca de todas as cadeiras do setor X e por ai vai.
Nossa intenção com este