Era dos patriarcas
Os eventos do Antigo Testamento situam-se no berço da civilização antiga, a imensa área conhecida como o “Crescente Fértil”, situada ao norte na Mesopotâmia. Ele curva-se para cima seguindo o curso dos rios Tigre e Eufrates. Depois, dobra-se para seguir o litoral na direção sul do Mediterrâneo. Lá encerra em Canaã, uma área que os arqueólogos hoje chamam de Síria/Palestina. O Crescente Fértil continua na direção sul ao longo do Mediterrâneo para o Egito, onde encontra seu ponto meridional nas ricas terras que se estendem ao longo do rio Nilo.
Nos 2000 anos antes de Cristo, que estão retratados na história do povo judeu no Antigo Testamento, uma série de grandes impérios floresceu no norte e no sul. Abraão nasceu no norte, quando Ur era uma rica e poderosa cidade-estado. Nos séculos que se seguiram, outras cidades-estado mesopotâmicas estenderam seu poderio através do norte e ao longo do Mediterrâneo. Entre as forças do antigo mundo mesopotâmico que desempenharam um papel vital na história sagrada, estão o Império Assírio de 700 a.C., o Império Babilônico de 600 a.C. e o Império Persa de 500 a.C. Enquanto isso, no Egito, uma série de grandes dinastias florescia. O poder e a influência delas no Oriente Médio alternou períodos de crescimento e declínio.
A Síria/Palestina serviu de ponte terrestre entre as grandes forças do norte e do sul. Muito freqüentemente serviu também como campo de batalha. Quase que em todos os períodos, os menores estados da área foram forçados a negociar com uma ou outra das grandes potências à medida que eles procuraram estabelecer sua influência no Oriente Médio ou dominar a área.
Quando Abraão chegou a Canaã, cerca do ano 2100 a.C., a terra ainda estava em paz. Pioneiros de áreas muito diferentes – os hititas do distante norte, os filisteus do Mediterrâneo superior, hivitas, jebuseus, amonitas e outros – haviam estabelecido pequenas cidades-estado na fértil Canaã. Cada uma era independente e controlava