era do gelo
A ideia de que os glaciares do passado haviam sido mais extensos que os actuais era algo percebido pelos habitantes das regiões alpinas da Europa: Imbrie e Imbrie (1979) citam um lenhador de nome Jean-Pierre Perraudin3 falando a Jean de Charpentier sobre a antiga extensão do glaciar Grimsel nos Alpes Suíços4 . Macdougal (2004) afirma que o primeiro a ter tal ideia terá sido um engenheiro suíço chamado Ignaz Venetz5 , mas não foi apenas uma pessoa que teve esta ideia.6 Entre 1825 e 1833, Charpentier juntou evidências que apoiavam o conceito. EM 1836, Charpentier, Venetz e Karl Friedrich Schimper convenceram Louis Agassiz, e Agassiz publicou a hipótese no seu livro Étude sur les glaciers (Estudo sobre os glaciares) de 18407 .Segundo Macdougal (2004), Charpentier e Venetz não concordavam com as ideias de Agassiz que ampliou o trabalho deles afirmando que a maioria dos continentes haviam antes estado cobertos de gelo.
Neste momento inicial do conhecimento, o que estava a ser estudado eram os períodos glaciais das últimas centenas de milhares de anos, durante a era do gelo actual. A existência de eras do gelo antigas era ainda desconhecida.
Evidências de eras glaciais[editar | editar código-fonte]
Existem três tipos principais de evidências de eras glaciais: geológicas, químicas e paleontológicas.
Geológicas: as evidências geológicas ocorrem sob formas variadas, incluindo abrasão, arranque e pulverização de rochas, morenas de glaciares, drumlins, vales glaciares, e a deposição de sedimentos glaciares e blocos erráticos. Glaciações sucessivas tendem a distorcer e apagar evidências geológicas, tornando-as difíceis de interpretar.
Químicas: este tipo de evidências consiste sobretudo de variações nas proporções de isótopos em fósseis presentes em sedimentos e rochas sedimentares, testemunhos de sedimentos marinhos, e para os períodos glaciais mais recentes, testemunhos de gelo. Uma vez que água contendo isótopos mais