Vivenciamos um período especial em que novos criadores e proprietários de cavalos surgem em nosso país. Estes animais são destinados a finalidades variadas, tais como lazer, esporte e competição, e, independente da funcionalidade do animal, o objetivo alvo é sempre produzir e desenvolver animais fortes, precoces e versáteis. As indústrias de nutrição animal vem dando suporte a este crescimento, desenvolvendo produtos com inúmeras finalidades, deixando muitas vezes os criadores e proprietários em dúvida quanto à escolha do alimento adequado. Antes de escolher o produto é importante a definição de alguns conceitos sobre manejo e nutrição. Os equinos são classificados como herbívoros monogástricos. Esta classificação definirá procedimentos nutricionais adequados, independente da finalidade. Quando planejar a criação de cavalos, é importante saber que a base de sua alimentação deverá ser as pastagens nativas ou cultivadas de espécies forrageiras a definir. Também é importante salientar algumas características do sistema digestivo juntamente com seus hábitos alimentares. Sabe-se que o estômago do cavalo é reduzido e, juntamente com o intestino delgado, tem a função de realizar a digestão e absorção das porções de concentrado quando fornecidas. Este, em relação ao restante do aparelho digestivo representa apenas 8%, evidenciando a necessidade do fornecimento fracionado do concentrado em pequenas porções, dando condições para um melhor aproveitamento a fim de evitar complicações digestivas. Observando um equino em seu habitat natural, percebe-se que ele permanece grande parte do dia alimentando-se, por isso a importância de a criação ser no campo, com disponibilidade constante de forragens, devendo esta ser seu principal alimento. As forragens têm sua digestão essencialmente na porção final do sistema digestivo, do qual fazem parte o ceco e cólon, que tem como uma das funções principais transformar as forragens