Equipe Multidisciplinar
A psicologia hospitalar tem construído sua história, passo a passo, considerando que há menos de duas décadas, a atuação do psicólogo em instituições hospitalares não estava regulamentada como uma ampla e necessária práxis psicológica. A Psicologia Hospitalar não pertence unicamente a área clinica, pois ela também abrange áreas como a organizacional, social e educacional, utilizando-se de recursos técnicos, metodológicos e teóricos de diversos saberes psicológicos.
Nos hospitais gerais, a escuta terapêutica com usuários e familiares é imprescindível. As relações entre os profissionais da saúde das diversas disciplinas e o trabalho em equipe são fundamentais para um atendimento humanizado aos usuários de hospitais gerais. A equipe multidisciplinar tem sua formação centrada nas necessidades da pessoa, portanto, ela não é pré-organizada. A demanda do enfermo é que fará com que os profissionais da saúde se integrem, com o propósito de satisfazer as necessidades globais da pessoa, proporcionando seu bem-estar.
O vínculo entre o indivíduo e a equipe multidisciplinar tem de ser considerado no manejo psicológico. É indispensável que o psicólogo saiba detalhadamente das atividades desenvolvidas pelos demais profissionais, bem como os limites de cada um, possibilitando uma atuação integrada, com manejo único. A multidisciplinariedade corre o risco de fragmentação entre os setores, e consequentemente, a fragmentação do paciente. O relacionamento precário entre a pessoa e a equipe de saúde pode acarretar mais sofrimento do que o esperado para determinados quadros. Entretanto, é a trajetória hospitalar do indivíduo que definirá o enfoque de seu atendimento psicológico, que poderá ser pré ou pós-operatório, ambulatorial, ou de enfermaria.
O trabalho da psicologia nas equipes multidisciplinares deve ser tomado como algo mais complexo, merecendo uma discussão também complexa que, no mínimo, consiga ser problematizadora de questões contemporâneas