Epizootias x febre amarela
Autores: Paula Rieko Taniuchi, Silvia Cremonez Sirena. ERS-Juara.
Palavras Chave: Febre Amarela, Epizootia, Aldeia Indígena
Resumo: A Febre Amarela (FA) é uma doença infecciosa aguda, febril, de natureza viral. Na sua apresentação clínica mais grave caracteriza-se por manifestações de insuficiência hepática e renal, que podem levar à morte. O agente causal da FA é um arbovírus da família Flaviviridae. A doença possui dois ciclos epidemiologicamente distintos: febre amarela silvestre, com a presença natural do vírus nas matas entre os vetores silvestres (mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethe) e alguns hospedeiros vertebrados como os macacos a sua erradicação é impossível; e a febre amarela urbana, com o homem único hospedeiro vertebrado de importância epidemiológica e mosquito Aedes aegypti o vetor, foi registrada pela última vez, no município de Sena Madureira, no Acre em 1942. O município de Juara, localizada no norte do Estado de Mato Grosso, região endêmica para FA, com relato de mortes de macacos em 2007, recebeu notificação do óbito por FA de uma índia de 15 anos da aldeia Munduruku, no início de Fevereiro de 2008. Formou-se um grupo técnico composto por profissionais do Ministério da Saúde, Secretaria de Estado de Saúde, FUNASA, ERS-Juara e outras instituições para investigação do caso, com os objetivos de verificar a existência do surto de FA, identificar outros possíveis casos, recomendar medidas de prevenção e controle e verificar soro conversão à vacina contra FA. Na busca de dados, analisou-se os prontuários de janeiro a dezembro de 2007 nos serviços de saúde local, aplicou-se questionários padronizados à população indígena e local, além da utilização de informações complementares dos sistemas de informações, SIM, SIH e SINAN e coleta de soro para FA nas 341 pessoas das aldeias indígenas. Concluido até o momento como caso de FA confirmado, apenas a da índia,