Epitácio Pessoa
O período de Epitácio Pessoa coincide com o início de uma grave crise política interna, traduzida no descontentamento do Exército, na insatisfação da população urbana e nas tensões regionais entre elites. De um modo geral, o sistema político dominante, que agora conhecemos como “República Velha” começava a dar os primeiros sinais graves de desgaste.
Além disso, o mundo passava por uma nova crise, com a destruição causada pela Primeira Guerra Mundial, que previsivelmente, também afetou as atividades econômicas brasileiras, provocando uma queda de quase 50% no preço do café. O presidente irá sofrer intensa pressão por parte dos cafeicultores paulistas e mineiros para intervir no mercado, emitindo papel-moeda para estimular a recuperação dos preços do produto. De fato, em outubro de 1921, o governo lança uma nova política de defesa do café, a terceira na história da República, contraindo empréstimos junto à Inglaterra para estabilizar os preços, sendo favorecida pela conjuntura, de recuperação da economia mundial, diminuição das safras dos anos de 1922 e 1923 e até mesmo pela proibição do consumo de bebidas alcoólicas nos Estados Unidos.
Não bastasse todos estes problemas, o candidato lançado para substituir Pessoa, o mineiro Artur Bernardes, despertava sentimentos opostos entre a classe política. De fato, o lançamento de seu nome fez com que o Clube Militar, comandado pelo marechal Hermes da Fonseca, exigisse a renúncia de Artur Bernardes da candidatura à presidência. São publicadas no jornal Correio da Manhã, uma série de cartas falsas, atribuídas a Bernardes, nas quais ele