O ramo da ciência que estuda o conhecimento humano é chamado de Epistemologia e é por meio dela que se estuda os processos para adquirir a sabedoria, a sua fundamentação e o que é possível ou não ser conhecido por ela. Em relação a procedência do conhecimento bem como os fundamentos em que é embasada, a Epistemologia possui duas posições: o empirismo e o racionalismo. A primeira defende que o conhecimento é adquirido através dos nossos sentidos, podendo esses serem exteriores ou interiores e teve como patronos Locke, Berkeley e Hume. Já a segunda, defende que o conhecimento se dá não empiricamente e sim racionalmente, tendo como patronos Descartes e Leibniz. Relativamente aos limites do conhecimento, as principais oposições são as realistas e as antirrealistas. Pode-se entender de realismo como algo que existe independentemente de nós e como antirrealismo a não existência daquilo que não é possível de se observar. O pensamento epistemológico Racionalista defende que a realidade possuí uma natureza racional , que somente com a razão pode-se conduzir ao conhecimento e utiliza-se de deduções e intuições para a fundamentação do mesmo, tem como texto central de sua filosofia o Discurso do método (1637) escrito por René Descartes o qual explica : “Pela intuição, temos percepções claras e distintas, e pela dedução passamos dos conhecimentos diretamente evidentes para os outros conhecimentos que podem ser alcançados de maneira indireta.” “O racionalismo é o projeto de encontrar as primeiras verdades e, a partir delas, por meio de um método axiomático ou dedutivo rigoroso,derivar outras verdades, fundamentando completamente o saber humano.” Para demonstrar o seu ponto de vista, Descartes cria um método universal, que objetiva adquirir uma verdade incontestável. As regras do método são quatro: a regra da evidência, da análise, da síntese e da verificação. Este método requer que sua base se dê de verdades indiscutíveis. Descartes tem sua primeira certeza