Epistemologia psicanalítica
Há um grande debate acerca da modernidade e pós-modernidade. Uns dizem que a pós-modernidade é um rompimento com a modernidade, outros, que é uma nova etapa da modernidade. A modernidade se apresenta como uma problemática de ordem histórica, social, política, estética e filosófica. A modernidade, quando analisamos o cerne da questão, é, em seu fim, um projeto de cultura. Isso também significa que através de ser um projeto de cultura, ela também é um projeto identitário. Há uma “guerra fria” entre americanos e europeus, no que concernem as formulações e desdobramentos da modernidade. Como sabemos, a modernidade teve seu berço na Europa, logo ela teve uma escala mundial. Há, nessa “guerra fria” uma bifurcação: De um lado, uma aposta em seu fim, onde surge o novo sistema pós-moderno, por outro, há que afirma haver uma radicalização do sistema moderno, mas sem alteração dos seus pressupostos. Enquanto a primeira solução é de viés americano, a segunda é de viés europeu. É claro que existem exceções de ambas as partes. Por trás desse pano de fundo americano de querer negar a modernidade e levantar um novo sistema se encontra ligada uma forma de um novo estilo de vida atual, onde o poder americano não mais se perpetuaria na política e na economia, mas agora a hegemonia tenta ser construída num plano da cultura. Na construção deste novo tempo histórico ocidental, os americanos seriam os detentores desta construção, a cultura americana sendo difundida por todo mundo. A modernidade nasceu em berço europeu, na época do renascimento e século XVII. Para os Europeus, romper com a modernidade é romper com sua identidade. Então, entende-se que há no Maximo um momento tardio, uma reflexividade ou uma supermodernidade.
Modernidade –
A modernidade traz o auto centramento do eu e da consciência. O eu é colocado no centro do mundo, fundamento no discurso metafísico da filosofia de Descartes. Apesar de Copérnico e Kepler terem feito uma revolução no