EPISTEMOLOGIA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
Ciências Sociais – segundo período
Tem-se por base na sociologia os pensadores clássicos, entre eles Marx, Durkheim, Weber e Simmel que contribuíram e revolucionaram o entendimento acerca do contexto social em que viviam e que permanecem, em sua maioria, intacta em compreender as relações sociais e enigmas de nosso tempo.
Porém muitos pesquisadores contemporâneos contestam que apesar de o pensamento dos clássicos terem revolucionado seu tempo, hoje já não abrangem as especificidades do mundo moderno e as novas redes de relações de poder. De acordo com alguns deles, como Marshall, Bourricaud e Touraine, os clássicos não têm mais espaço para entender os indivíduos como “atores sociais”, pois precisam ser menos generalistas em face das mudanças sociais.
Como qualquer outra ciência a Sociologia sofre crises epistêmicas e ainda mais por ser imatura e necessitar sempre consultar os clássicos por se aproximar mais da nossa realidade, mesmo diante das configurações mutáveis da modernidade. Ela é diferente porque se autocritica e é preciso analisar os fatos de forma diacrônica para entender o movimento da própria sociologia no mundo.
O autor lança uma crítica a invasão dos dados quantitativos nas ciências humanas e os métodos etnometodológicos para analisar o contexto social, geralmente proposto por pesquisadores que pensam em romper com os paradigmas dos clássicos ou outros apenas fazer uma soldagem epistêmica entre eles. Mas será que esta crítica é válida como se a sociologia tivesse um único e incontestável método de análise¿ Sabemos que a antropologia nos métodos de pesquisa usam a análise sincrônica, mas isso seria desmerecer os grandes avanços desta área das humanas por não seguir este ou aquele método de pesquisa¿ Ou os dados quantitativos negados para compreender as relações sociais, pois se formos analisar as obras de Marx, principalmente em “O Capital”, no seu segundo volume, uma extensa configuração de dados econômicos,