Epilepsia e convulsões
EPILEPSIA é uma doença caracterizada por episódios recorrentes (pelo menos duas crises com intervalo de 24hs) de convulsão sem uma causa detectável que não a disfunção elétrica cerebral.
CONVULSÃO é uma alteração paroxística de atividade motora, limitada no tempo, com ou sem alteração da consciência ou do comportamento, provocada por uma atividade elétrica cerebral anormal.
Cerca de 10% das crianças apresentam uma convulsão em alguma época da vida.
Estado convulsivo ou estado de mal convulsivo: é a persistência da crise convulsiva, ou de uma sucessão delas sem recuperação da consciência, por mais de 30 minutos. A convulsão persistente ou prolongada leva a lesão cerebral.
CLASSIFICAÇÃO:
Epilepsia idiopáticas ou criptogenéticas: não têm causa aparente.
Epilepsia sintomáticas: causas primarias orgânicas ou metabólicas conhecidas como seqüelas de lesões cerebrais, mal formação do sistema nervoso central, erros inatos do metabolismo, neurocisticercose, seqüelas de meningoencefalites, tumores, seqüelas de traumatismos ou de neurocirurgias etc.
Crises secundarias agudas: por distúrbios agudos como enfecção, hipoglicemia, hiponatremia, hipóxia, intoxicações etc. e que desaparecem com a remoção da causa.
QUANDO SUSPEITAR
Nos casos ambulatoriais a suspeita se baseia na descrição do episódio por pais ou quem presenciou o ocorrido.
No paciente internado, a convulsão deve ser suspeitada ante qualquer crise de hipertonia ou espasticidades e quando se nota movimentos rítmicos em qualquer grupo muscular, com uma fase muscular mais rápida ( para um lado ) e outra fase mais lenta. Fica reforçada a hipótese de convulsões quando o paciente simultaneamente apresenta taquicardia, salivação, desvio do olhar, palidez, e alteração da consciência.
Nos recém nascidos as convulsões podem ser:
FOCAIS: quando restrita a um grupo de muscular da face ou extremidade;
MULTIFOCAIS: com movimentos clônicos envolvendo vários grupos