EPILEPSIA e atividade física
O principal problema da epilepsia é a marginalização
Marcos Aurélio Brazão de Oliveira (para o Diário de S.Paulo)
O principal problema do paciente com epilepsia, seja criança seja adulto, é a inexplicável marginalização por parte da sociedade que, infelizmente, cultua uma série de mitos e preconceitos em relação à pessoa epiléptica. Essa segregação e preconceito também ocorrem no que diz respeito à liberação para a prática físico-desportiva. Lamentavelmente, às vezes o próprio médico comete esse erro alijando uma criança, por exemplo, da educação sobre essa criança que é vista pelos colegas de turma e do resto do colégio como uma criança "diferente".
Embora na prática exista uma idéia diferente, mais por ignorância do que outra coisa, a prática de atividade físico-desportiva é fundamental na promoção de uma vida mais saudável e inserção e integração social do paciente com epilepsia. Os benefícios da atividade físico-desportiva no paciente com epilepsia são os mesmos observados nos indivíduos sem essa patologia, ou seja, melhora da capacidade cardiorespiratória, melhora do peso corporal, diminuição dos níveis de colesterol no sangue e, segundo trabalhos científicos, até diminuição das crises epiléticas durante o exercício. Outro aspecto importante é a melhora da auto-estima e autoconfiança, melhor integração social e espírito de equipe nesses pacientes.
De uma forma geral, uma pessoa com a epilepsia pode ser liberada para uma atividade físico-desportiva desde que esteja controlada, por meio de medicação, e que não tenha apresentado nenhum episódio de convulsão nos últimos seis meses. Entretanto, algumas atividades de risco são consideradas contra-indicadas para o portador de epilepsia como veremos adiante.
Esportes e atividades recreativas
Natação (de lazer) - tipo de atividade em que existe um risco real de complicação, especialmente, o afogamento. Para liberação da natação como atividade de lazer devem ser exigidos o