epidemiologia estudo de caso-controle
Estudos de casos e controles constituem uma forma relativamente simples de investigar a causa das doenças, particularmente doenças raras. Esse tipo de estudo inclui pessoas com a doença (ou outra variável de desfecho) e um grupo controle (grupo de comparação ou referência) composto de pessoas não afetadas pela doença ou variável de desfecho.
A ocorrência de uma possível causa é comparada entre casos e controles. Os investigadores coletam dados sobre a ocorrência da doença em um determinado momento no tempo e sobre a ocorrência de exposições em algum momento no passado.
Os estudos de casos e controles são, portanto, longitudinais, diferentes dos estudos transversais (Figura 3.5). Os estudos de casos e controles também são chamados de retrospectivos, uma vez que o investigador busca, no passado, uma determinada causa (exposição) para a doença ocorrida. Entretanto, isso pode causar confusão porque os termos retrospectivos e prospectivos também são utilizados para descrever o tempo da coleta dos dados em relação ao momento atual. Nesse caso, um estudo de casos e controles pode ser tanto retrospectivo, quando os dados fazem referência ao passado, quanto prospectivo, quando os dados são continuamente coletados no decorrer do tempo.
Seleção de casos e controles
Um estudo de casos e controles tem início com a seleção de casos, que deveriam representar todos os casos de uma determinada população. Os casos são selecionados com base na doença, mas não na exposição. Os controles são pessoas sem a doença. Um aspecto importante e desafiador dos estudos de casos e controles de base populacional é encontrar uma maneira custo-efetiva de identificar os controles9. A tarefa mais difícil é selecionar os controles de modo que representem a prevalência de exposição na população de onde os casos foram originados. Além disso, a escolha de casos e controles não deve ser influenciada pelo nível de exposição, que deve ser determinada da mesma