Epidemiologia em serviços de saúde
Este capítulo aborda as diferentes formas de se usar a epidemiologia nos serviços de saúde, levantando questões sobre sua eficácia e se o Brasil, em suas diversas áreas da saúde, esta sabendo utilizar de forma proveitosa a epidemiologia.
Para que a epidemiologia seja melhor utilizado é necessário conhecer um pouco das áreas de sua abrangência e como estas funcionam. Ela trata da saúde-doença na coletividade usando de indicadores, coeficientes, de avaliações, agravos à saúde, dados, informações e atua na descentralização ampliando a capilarização dos serviços de saúde. Esta descentralização faz parte de nosso cotidiano acadêmico, no nosso novo currículo temos o Sistema Único de Saúde (SUS) como foco principal. Somos preparados desde o primeiro semestre para trabalharmos com ele e a epidemiologia nos serviços de saúde vem de encontro a isto reforçando a descentralização ramificando os serviços sem que se fragmentem, fazendo com que haja uma aproximação maior com os usuários facilitando os processos de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e recuperação.
A epidemiologia é vista como uma tecnologia, pois ela fornece dados e informações qualitativas e quantitativas que são muito importantes para organizar e identificar a melhor intervenção a ser realizada. Porém para que essa ferramenta tenha eficácia é preciso uma comunicação intersetorial e uma equipe multidisciplinar que trabalhe em conjunto.
A epidemiologia é uma ferramenta que apesar dos muitos resultados positivos conquistados até agora se tem muito ainda a investir, pois seu campo é amplo e se tem poucos programas que nos facilitam o acesso rápido a dados e informações. É como presenciamos no campo prático a cobertura, por exemplo, da Estratégia de Saúde da Família, não abrange tudo o que deveria e ainda possui vínculo frágil entre unidade e bairro.
Isto trás implicações na hora da coleta de dados, como sabemos na