EPIDEMIOLOGIA 1
Conceitualmente a Epidemiologia é definida pela Associação Internacional de
Epidemiologia como o “estudo dos fatores que determinam a frequência e a distribuição das doenças nas coletividades humanas”.
ROUQUAYROL & ALMEIDA FILHO,1999, oferecem-nos, entretanto, a definição de “ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas , analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades , danos à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle , ou erradicação de doenças, e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde” permitindo, de um lado, identificar o seu objeto específico, que é a busca da explicação da distribuição e ocorrência das doenças em grupos populacionais, e, de outro lado, compreendê-la como importante instrumento para a administração e planejamento das ações de saúde. O método epidemiológico, como instrumento para produção de conhecimentos do processo saúde-doença, vem alcançando espaços e aplicação crescentes no campo médico-sanitário. Ao lado de se ocupar, como já o fazia tradicionalmente, das doenças infecciosas e parasitárias, caracterizando-se como elemento central para orientar a Saúde Pública, incorporou ao seu objeto de estudo todo o conjunto de afecções que compreende a nosologia humana. No bojo da
"transição epidemiológica", no qual as doenças crônicas, entre outras, passaram a compor, também, o quadro de prioridades sanitárias, a Epidemiologia está tendo a oportunidade de demonstrar a notável capacidade de buscar explicações sobre a ocorrência e distribuição das doenças em populações humanas. Isto se visualiza, de forma imediata e direta, através da sua incorporação nos programas clínicos de pesquisa, de modo geral, da sua expansão em áreas disciplinares outras, como a genética, ou da sua articulação no conjunto das modernas áreas científicas, como a biologia molecular. Assumindo diferentes denominações e