Epicuro
Para iniciarmos a análise sobre Epicuro, temos de ter em mente três conceitos chaves para o mestre do Epicurismo: O prazer (que de certa forma pode ser comparada a felicidade, pelo menos para Epicuro, nesse sentido deve-se observar também o conceito de Ataraxia e Aponia, os quais também serão conceituados nessa seção), o conceito de felicidade partindo de outros filósofos (o qual foi introduzido nesse estudo como mero objeto de comparação com a questão do prazer em Epicuro) e por fim a questão da antecipação (que é desenvolvida em sua lógica, a prolepses, que é de suma importância no desenvolver de sua filosofia).
O prazer segundo o dicionário de filosofia de Nicola Abbagnano afirma que: Prazer e dor são formas fundamentais de emoção, e a forma como se expressam depende do que é atribuído as emoções, dessa forma, está relacionada diretamente com a teoria das emoções. Na tradição filosófica de forma geral o conceito de prazer nada tem a ver com felicidade, mesmo quando ligado a ela, em seu desenrolar afirma que o prazer é um estado particular e passageiro de satisfação, um estado temporário.
O conceito de Aponia que foi desenvolvida por Epicuro (o qual falaremos neste momento de forma indívidual e no prosseguir trataremos do mesmo de forma contextualizada) trata-se da ausência de dor enquanto dor que se manifeste no corpo ou a ausência de dor como prazer estável, sendo assim aceitável na ética de Epicuro.
A questão da Ataraxia que foi um termo cunhado por Demócrito e usado pelos estóicos e epicuristas, define-se como o estado mais puro, sereno e imperturbável da alma, no sentido de não ser perturbado pelas paixões ou pelos desejos, um ideal que Epicuro inicia suas demonstrações éticas para se chegar neste estado, o qual ele defende que deve estar unido com o estado de Aponia.
A questão da felicidade depois de demonstrados os dois primeiros estados anteriores (Ataraxia e Aponia), vê-se que de forma