Epicurismo

EPICURISMO: ÉTICA, PRAZER E SENSAÇÃO

DOUTRINA EPICÚREA

Elege no prazer a finalidade do agir humano. A doutrina epicurista é singular, discute e traça contribuições em torno do átomo, da matéria e das sensações. Fundamentalmente empírica, anuncia a explicação do mundo a partir dos elementos que o integram.

Para o epicurismo, o cosmos existe, é infinito e faz parte de suas preocupações. Funciona como um conjunto de elementos mínimos, os átomos, que, interagindo causam as condições de formação da vida.

Vida, Morte e Divindade

A dissolução da vida é somente a desagregação dos átomos que a ela deram origem, o que causa a privação de toda sensação; a morte nada significa à medida que deixa de existir a causa de todo conhecimento, de toda dor e de todo prazer, a sensação.

“A morte não é nada para nós, pois o que se dissolve está privado de sensibilidade e o que está privado de sensibilidade não é nada para nós.” (Máxima epicúrea)

Para Epicuro, não há divindade, não há transcendência nem autoridade sobre o cosmos; ele autogoverna-se a partir das partículas em que se subdivide. A metafísica sacerdotal, com seus mitos, lendas e crenças é insuficiente para responder as necessidades humanas.

ÉTICA EPICÚREA

O homem vive e experimenta o mundo a partir das sensações. A percepção humana do mundo se dá em função da abertura que seus sentidos lhe conferem. A cima de qualquer poder lógico-racional humano, para os epicuristas, está a SENSAÇÃO (AISTHÉSIS). Outras formas e fontes de conhecimento existem, porém todas devem se submeter ao crivo de que verdadeiramente pode ser tateado, visto e provado por meio dos sentidos.

Dor e Prazer

É na base das sensações de dor e prazer que se organizam os comportamentos humanos. Todo homem que age, o faz no sentido de evitar a dor e procurar o prazer, a insatisfação dos sentidos é a dor, enquanto a satisfação dos sentidos é o prazer. O que seja o prazer e o que seja o doloroso é algo relativo. É certo que toda dor é