enzimas Telomerase
Estudos recentes sugerem ser possível reverter o processo de senescência celular incrementando, de forma artificial, a quantidade de telomerase nas células. Seria possível, inclusive, reverter algumas atrofias de tecidos, devidas ao envelhecimento, induzindo a síntese de telomerase. Não obstante, é preciso considerar uma consequência indireta de alterar os genes da mortalidade celular: no caso do câncer, as células cancerosas, à diferença das células somáticas normais, não entram em senescência depois de um número definido de divisões. Estudos demonstram que, quando se estimula a atividade da telomerase e se inativa um gene supressor tumoral (o gene p16INK4a), produz-se imortalidade celular, o que constitui um passo importante para a formação de um tumor.
Muitas células cancerosas derivam de células somáticas, e foi comprovada a presença de telomerase em 75-80% das linhas tumorais. Isto não quer dizer que a telomerase induza o câncer. Kathleen Collins da Universidade de Berkeley descobriu que doentes afetados por uma enfermidade congênita rara, a disqueratose congênita, tinham níveis de telomerase anormalmente baixos. Entretanto, em muitos casos, morriam de câncer gastrointestinal.[1] Apesar desta incongruência, sabe-se que a agressividade das células tumorais está relacionada com seus níveis de telomerase e que níveis altos desta enzima são indicativos da malignidade do tumor.
Recentemente a FDA autorizou dois estudos clínicos com telomerase. Um deles visando obter um melhor diagnóstico do câncer cervical e o outro para avaliar um fármaco contra a leucemia mielóide. No Japão, está sendo utilizado em