Enzimas proteolíticas
Edneia Venâncio Alves Sobrinho
Orientador: Dr. Eladio Flores Sanchez
Laboratório de Bioquímica e Química de Proteínas I
Belo Horizonte, 2011
Serpentes: cerca de 3 mil espécies, 69 estão distribuídas entre os gêneros Bothrops,
Bothriopsis, Portidium, Crotalus, Lachesis e Micrurus;
O gênero Bothrops está distribuído em grande parte da América Latina, apresentando somente espécies peçonhentas;
O veneno é constituído por uma variedade de proteínas tóxicas e não-tóxicas, com ou sem atividade enzimática, como metaloproteases, LAOOs, serinoproteases dentre outras;
A ação proteolítica do veneno do gênero Bothrops é responsável por lesões locais, como a hemorragia, edema, bolhas, necrose e efeitos sistêmicos na hemostase;
As principais enzimas proteolíticas que podem levar ao desequilíbrio hemostático são classificadas em serinoproteases e metaloproteases;
As metaloproteases são responsáveis pela atividade hemorrágica no envenenamento, sendo classificadas de acordo com seus domínios estruturais de P-I à P-III, fornecendo assim informações sobre o mecanismo de ação;
Algumas P-I são isentas de efeitos hemorrágicos (P-IB) sendo importantes ferramentas como agentes trombolíticos;
Há uma rica diversidade de proteínas e peptídeos que atuam em vários processos fisiológicos, como cascata de coagulação, fibrinólise, função plaquetária e pressão arterial;
Os produtos derivados de substâncias biologicamente ativas são focos atuais da ciências em busca fármacos com aplicações biotecnológicas;
Geral :
Purificar e caracterizar as metaloproteases de classe I (MP-I) do veneno da serpente
Bothrops barnetti.
Específicos:
Determinar as propriedades estruturais da enzima, como a massa molecular e sequência de aminoácidos;
Caracterizar a enzima quanto a estabilidade frente a diferentes pHs e temperatura;
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