Enxofre
ENXOFRE
Eduardo Motta Alves Peixoto
S
De sulfur, nome latino dado ao enxofre. Já conhecido de épocas remotas, é citado no
Gênese e no Ayurveda. No entanto, só foi classificado como elemento em 1777, pelo químico francês Antoine Lavoisier. Curiosamente, foram os químicos franceses Joseph Gay-Lussac e Louis Thenard que mostraram ser ele uma substância simples.
A história do enxofre perde-se na Antigüidade. O homem préhistórico fez uso dele como pigmento de pintura em cavernas. Em eras remotas, já havia sido empregado como medicamento em tônicos especiais. A queima de enxofre era parte dos rituais religiosos do Egito, há 4.000 anos atrás. Um dos seus usos industriais mais antigos devese também aos egípcios que, em 1600 a.C., já usavam SO2 (queima do enxofre) para clarear o algodão. Na mitologia grega, encontramos o enxofre sendo queimado para fumigação. Seu uso em explosivos data de 500 d.C., na China, e, depois, no preparo do “fogo grego”, usado em guerras na Idade Média. Plínio, “O Velho”, relata vários usos do enxofre. Aliás, ele ironicamente morreu durante a grande erupção do Vesúvio, no ano de 79 d.C., provavelmente asfixiado por vapores de enxofre e seus compostos.
É um sólido amarelo pálido, inodoro, sem sabor, insolúvel em água, quebradiço e mau condutor de eletricidade. Existe em diferentes formas, sendo a ortorrômbica (às vezes chamada de rômbica) e a monoclínica as duas formas cristalinas mais importantes. A forma ortorrômbica (enxofre α), estável à temperatura ambiente, inclui o enxofre comum e as flores de enxofre (uma forma finamente dividida obtida por sublimação e resfriamento). A forma monoclínica ou prismática (enxofre β), S8, é obtida quando o enxofre líquido é esfriado lentamente, formando cristais longos e finos como agulhas. É estável entre 96 °C e 119 °C. No entanto, à temperatura ambiente (~25 °C), a forma monoclínica transforma-se lentamente na ortorrômbica.
Curiosamente, quando o enxofre