Enxertos
Introdução
As características da pele variam de acordo com o indivíduo e no próprio, varia de acordo com a idade, exposição solar e área do corpo. Na primeira década de vida a pele é bem fina, sofrendo um progressivo espessamento dos 10 aos 35 anos. Em algum momento durante a 4ª década de vida o espessamento cessa e começa um afinamento progressivo, com diminuição da derme, diminuição da elasticidade cutânea e perda da atividade das glândulas sebáceas.
A pele varia também de acordo com a área do corpo. A pele das pálpebras, regiões retro auricular, supra clavicular, medial da coxa e extremidades superiores, é fina, enquanto a do dorso, glúteos, palmas e plantas são mais espessas.
Histórico
As primeiras notícias que se tem do uso de enxertos de pele vêm de um trabalho experimental de Paronio em 1804. Em 1823, Graefe fez um enxerto de nariz de um paciente com pele retirada da coxa e posteriormente, em 1840, Wazen, em Boston, EUA, fez um enxerto de pele total para a asa nasal. Porém, a popularização desta técnica operatória iniciou-se após a guerra Franco-Prussiana, principalmente depois da apresentação na Sociedade Imperial de Cirurgia de Paris em 1869, por Reverdin, de um trabalho que chamou de “enxertos epidérmicos”. Nesse trabalho ele apresentava casos de transplantes de pequenos fragmentos de pele, aproximadamente 2 a 3 cm, que posteriormente vieram a ser chamados de enxertos em estampilhas. Maior incentivo e credibilidade ao método foi dado pela apresentação desse mesmo trabalho na Academia de Ciências Francesa por Claude Bernard. Porém, o emprego clínico e as técnicas de obtenção dos enxertos de pele tiveram seu grande desenvolvimento através de Ollier em 1872 e Thiersch em 1874, que demonstraram a possibilidade de se utilizar grandes lâminas de pele como enxerto e chamaram a atenção para a importância do componente dérmico do enxerto. A partir daí, os enxertos de pele parcial passaram a ser chamados na literatura inglesa e alemã como enxerto