Enxerto Ósseo de Olécrano para Pseudoartrose de Escafóide
Introdução
Escafóide é o osso mais comumente fraturado do carpo (4) correspondendo 60 a 70% (24) destas fraturas. Está em segundo lugar em relação aos ossos do punho, sendo a fratura do radio distal(24) a mais comum. É uma lesão que freqüentemente passa desapercebida na fase aguda devido a vários fatores, entre eles dificuldade de avaliação pela radiografia simples, assim como tendência do médico em focar a lesão mais frequente que é a do rádio distal(1). Por isso também a importância de uma maior atenção aos ossos do carpo nos casos de fraturas do rádio distal. Heo et al. encontrou uma incidência de 20,9% de fraturas dos ossos do carpo associada a fraturas do rádio distal.
A consolidação do escafóide se dá por ossificação endomebranosa, o que requer imobilização adequada para formação do calo, e devido as forças que sofre e mobilidade que passam por este osso associada a sua delicada vascularização existe um alto risco de não-união(24). Se não tratados inicialmente e não houver consolidação óssea a evolução natural tende para artrose e colapso carpal, também chamada scaphoidnonunionadvanced colapse (SNAC), além do risco de necrose do polo proximal devido diminuição da vascularização(12).
Cerca de 80% da superfície do escafoide é coberta por cartilagem o que restringe a entrada para suprimento arterial. Este suprimento arterial se da principalmente de maneira retrógrada por ramos da artéria radial, sendo que a fratura restringe esse suprimento do polo distal para o pólo proximal(1). Para as pseudo-artroses sem SNAC classificadas como Lichtmann grau 1, o padrão-ouro de tratamento ainda é a técnica de Matti-Russe em que se utiliza enxerto esponjoso para auxiliar a consolidação(25). Este artigo avaliou pacientes com não consolidação do escafóide, sem SNAC ou artrose, submetidos a fixação volar com parafuso e enxerto medular de olecrano para seu tratamento, quanto aos resultados funcionais,