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CAPíTULO
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TRABALHO E FORÇA DE TRABALHO
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Todas as formas de vida mantêm-se em seu meio ambiente natural; assim é que todos desempenham atividades com o propósito de apoderar-se de produtos naturais em seu próprio proveito.
Os vegetais absorvem umidade, minerais e luz do sol; os animais alimentam-se de vida vegetal ou da rapina. Mas apoderar-se desses materiais da riatureza tais como são não é trabalho; o trabalho é uma atividade que altera o estado natural desses materiais para melhorar sua utilidade. Pássaro, castor, aranha, abelha e térmite, ao fazerem ninhos, diques, teias e colméias, trabalham, por assim dizer. Assim, a espécie humana partilha com as demais a ativi. dade de atuar sobre a natureza de modo a transformá-Ia para melhor satisfazer suas necessidades.
Entretanto, o que importa quanto ao trabalho humano não é a semelhança com o trabalho de outros animais, mas as diferenças essenciais que o distinguem como diametralmente oposto. "Não estamos tratando agora daquelas primitivas formas instintivas de trabalho que nos lembram o .mero animal", escreveu Marx no primeiro volume de O Capital. "Pressupomos o trabalho de um modo que o assinala como exelusivamente humano. Uma aranha desempenha operações que se parecem com a de um tecelão, e a abelha envergonha muito arquiteto na construção de seu cortiço.
Mas o que distingue o. pior arquiteto da melhor das abelhas é que o arquiteto figura na mente sua construção antes de transformá-Ia em realidade. No fim· do processo do trabalho aparece um resultado que já existia antes idealmente na imaginação do trabalhador. Ele não transforma apenas o material sobre o '1uàl opera; ele imprime ao material o projeto que tinha conscientemente em mira~-õ- qual
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TRABALHO
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MONOPOLISTA
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